Outono - Rainer Maria Rilke



As folhas caem como se do alto
caíssem, murchas, dos jardins do céu;
caem com gestos de quem renuncia.

E a terra, só, na noite de cobalto,
cai de entre os astros na amplidão vazia.

Caimos todos nós. Cai esta mão.
Olha em redor: cair é a lei geral.

E a terna mão de Alguém colhe, afinal,
todas as coisas que caindo vão.



2 comentários:

  1. Divina postagem! Uma delícia vir ao seu blog.Tudo aqui é liiiiiiindo!
    beijos
    Eloí

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  2. Obrigada por tuas palavras.
    Fico muito feliz com tua presença, Eloí.
    Beijos

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