Infância - Manoel de Barros



Coração preto gravado no muro amarelo.
A chuva fina pingando... pingando das árvores...
Um regador de bruços no canteiro.

Barquinhos de papel na água suja das sarjetas...
Baú de folha-de-flandres da avó no quarto de dormir.
Réstias de luz no capote preto do pai.
Maçã verde no prato.

Um peixe de azebre morrendo... morrendo, em dezembro.
E a tarde exibindo os seus
Girassóis, aos bois.

2 comentários:

  1. Nádia, tão pequena, mas tão graciosa! Manoel de Barros, fez parte de um tempo bom de minha vida e que vc, não sei como está trazendo de volta. Fico feliz! Meu carinho pra vc!

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  2. Fico feliz por proporcionar esse reencontro.
    Meu carinho pra você também.
    Bjs

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