Álvaro Bastos



Tem chuva que se demora,
que chega para ficar,
chuva que se espalha,
marca seu território e
se renova, traçando
pequenos rios na vidraça.
Tem chuva que toma conta
de toda a paisagem,
cada gota que cai
esconde outra que sobe
para ficar no seu lugar.

3 comentários:

  1. UM POUCO MAIS DE ÁGUA PARA SUA BELA POSTAGEM. ABRAÇO!

    http://portalpineal.blogspot.com.br/

    http://minutoliberadodeltiempo.blogspot.com.br/

    http://garradeaqla.blogspot.com.br/
    sexta-feira, 7 de setembro de 2012MAR ALTO (Hélio Pellegrino)


    http://www.jornaldepoesia.jor.br/hp06.html



    Esta água é todas as águas,


    sem porto, nome ou naufrágio.


    Rendada de espuma ao vento,


    sem dor nem contentamento.








    Esta água — lugar nenhum —


    é perdição sem loucura.


    Nela se dissolvem mágoa,


    memória, tempo, aventura.








    Sem lei nem rei, sem fronteiras,


    além de verbo e silêncio,


    esta é a pátria procurada:


    incêndio de tudo — nada.






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  2. Maravilhoso!

    Obrigada!!!

    Abraço :)

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  3. A chuva dando sentido a vida, às ausências, às chegadas,risos e choros,adeus na vidraça.
    Linda poesia,
    Bom final de semana.
    Estou sonhando com a chuva aqui em Brasília.

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