INVICTUS - William Ernest Henley

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.


2 comentários:

  1. Embora tenham vivido em épocas diferentes (quando W.Henley morreu acho que Mandela nem tinha nascido), parece que W.Henley escreveu este poema para o Nelson Mandela. E ficará para sempre associado a ele, uma alma nobre, ser humano de coragem e desprendimento. R.I.P. Mandela.

    Grande abraço, Nádia.
    PAZ e LUZ

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  2. Dizem que quando na prisão, Mandela se sentia enfraquecido
    e triste, lia este poema.
    Ele, Mandela, o grande comandante!

    Abraços, helen!
    Feliz domingo com Paz e Luz.

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