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N.Y. - Ezra Pound

Minha cidade, minha amada, minha branca!
Ah, esbelta,
Ouça! Ouça-me, vou soprar uma alma dentro de ti.
Delicadamente pela flauta, atenta-me!

Agora sei que sou louco,
Porque há aqui um milhão de pessoas na fúria do tráfego;
Isso não é donzela.
Nem eu poderia tocar uma flauta se a tivesse.

Minha cidade, minha amada,
És uma donzela sem seios,
És esbelta como uma flauta de prata.
Ouça, atente-me!
E eu soprarei uma alma dentro de ti,
E viverás para sempre.


Saudação - Ezra Pound

 Oh geração dos afetados consumados
 e consumadamente deslocados,
 Tenho visto pescadores em piqueniques ao sol,
 Tenho-os visto, com suas famílias mal-amanhadas,
 Tenho visto seus sorrisos transbordantes de dentes
 e escutado seus risos desengraçados.
 E eu sou mais feliz que vós,
 E eles eram mais felizes do que eu;
 E os peixes nadam no lago
 e não possuem nem o que vestir.



A menina - Ezra Pound


A árvore penetrou minhas mãos,
A seiva ascendeu pelos meus braços,
A árvore cresceu-me no peito-
Para baixo,
Os ramos crescem fora de mim, como braços.

Árvore és tu,
Musgo és tu,
Tu és violetas com o vento acima delas.
Uma criança – tão alta – és tu,
E tudo isso é loucura para o mundo.


Canto CXX - Ezra Pound


Tentei escrever o PARAÍSO

Não se mova
Deixe falar o vento
esse é o paraíso.

Deixe os deuses perdoarem
o que eu fiz
Deixe aqueles que eu amo
tentarem perdoar
o que eu fiz.