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Amai-vos... - Gibran Kahlil Gibran



Amai-vos um ao outro,
mas não façais do amor um grilhão.

Que haja, antes, um mar ondulante
entre as praias de vossa alma.

Enchei a taça um do outro,
mas não bebais da mesma taça.

Dai do vosso pão um ao outro,
mas não comais do mesmo pedaço.

Cantai e dançai juntos,
e sede alegres,

mas deixai
cada um de vós estar sozinho.

Assim como as cordas da lira
são separadas e,
no entanto,
vibram na mesma harmonia.

Dai vosso coração,
mas não o confieis à guarda um do outro.

Pois somente a mão da Vida
pode conter vosso coração.

E vivei juntos,
mas não vos aconchegueis demasiadamente.

Pois as colunas do templo
erguem-se separadamente.

E o carvalho e o cipreste
não crescem à sombra um do outro.

Uma vez, enchi a minha mão de bruma - Gibran Kahlil Gibran

Uma vez, enchi a minha mão de bruma.
Quando a abri, a bruma era uma larva.

Voltei a fechar a mão, e então era um pássaro.
E fechei e abri novamente a mão,
e na sua palma encontrava-se um homem
de rosto triste, virado para o céu.

Mais uma vez fechei a mão,
e quando a abri já só havia bruma.
Mas escutei uma canção de uma doçura extrema.

A música - Gibran Kahlil Gibran

A Música é a linguagem dos espíritos.
Sua melodia é como uma brisa saltitante
que faz nossas cordas estremecerem de amor.
Quando os dedos suaves da música
tocam à porta de nossos sentimentos,
acordam lembranças que há muito jaziam escondidas
nas profundezas do Passado.

A alma da Música nasce do espírito
e sua mensagem brota do Coração.

Quando Deus criou o Homem,
deu-lhe a Música como uma linguagem diferente de todas as outras.
Mesmo em seu primarismo, o Homem primitivo curvou-se à glória da música;
ela envolveu os corações dos reis e os elevou além de seus tronos.


Nossas almas são como flores tenras à mercê dos ventos do Destino.
Elas tremulam à brisa da manhã
e curvam as cabeças sob o orvalho cadente do céu.

A canção dos pássaros desperta o Homem de sua insensibilidade.

Quando os pássaros cantam,
estarão chamando as flores nos campos,
ou estão falando às árvores,
ou apenas fazem eco ao murmúrio dos riachos?
Pois o Homem, mesmo com seus conhecimentos,
não consegue saber o que canta o pássaro,
nem o que murmura o riacho,
nem o que sussurram as ondas
quando tocam as praias vagarosa e suavemente.
Mesmo com sua percepção, o homem não pode entender
o que diz a chuva quando cai sobre as folhas das árvores,
ou quando bate devagarinho nos vidros das janelas.
Ele não pode saber o que a brisa segreda às flores nos campos.

Mas o coração do homem pode pressentir e entender
o significado dessas melodias que tocam seus sentidos.
A Sabedoria Eterna sempre lhe fala numa linguagem misteriosa;
a Alma e a Natureza conversam entre si,
enquanto o Homem permanece mudo e confuso.

Mas o Homem já não chorou com esses sons?
E suas lágrimas não são, porventura,
uma eloqüente demonstração? Divina Música!

Filha da Alma e do Amor
Cálice da amargura e do Amor
Sonho do coração humano,
fruto da tristeza
Flor da alegria,
fragrância e desabrochar dos sentimentos
Linguagem dos amantes,
confidenciadora de segredos
Mãe das lágrimas do amor oculto
Inspiradora de poetas, de compositores
e dos grandes realizadores
Unidade de pensamento dentro dos fragmentos
das palavras
Criadora do amor que se origina da beleza
Vinho do coração que exulta num mundo de sonhos
Encorajadora dos guerreiros,
fortalecedora das almas
Oceano de perdão e mar de ternura.
Ó música!
Em tuas profundezas
depositamos nossos corações e almas
Tu nos ensinaste a ver com os ouvidos
E a ouvir com os corações.

Khalil Gibran


Quando os pássaros cantam,
estarão chamando as flores nos campos,
ou estão falando às árvores,
ou apenas fazem eco ao murmúrio dos riachos?

Pois o Homem, mesmo com seus conhecimentos,
não consegue saber o que canta o pássaro,
nem o que murmura o riacho,
nem o que sussurram as ondas
quando tocam as praias vagarosa e suavemente.

Mesmo com sua percepção,
o homem não pode entender o que diz a chuva
quando cai sobre as folhas das árvores,
ou quando bate lentamente nos vidros das janelas.
Ele não pode saber o que a brisa segreda às flores nos campos.

Amai-vos... - Gibran Kahlil Gibran

Amai-vos um ao outro,
mas não façais do amor um grilhão.
Que haja, antes, um mar ondulante
entre as praias de vossa alma.
Enchei a taça um do outro,
mas não bebais da mesma taça.
Dai do vosso pão um ao outro,
mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos,
e sede alegres,
mas deixai
cada um de vós estar sozinho.
Assim como as cordas da lira
são separadas e,
no entanto,
vibram na mesma harmonia.
Dai vosso coração,
mas não o confieis à guarda um do outro.
Pois somente a mão da Vida
pode conter vosso coração.
E vivei juntos,
mas não vos aconchegueis demasiadamente.

Pois as colunas do templo
erguem-se separadamente.
E o carvalho e o cipreste
não crescem à sombra um do outro.