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O Lago - Mihai Eminescu

 Dos bosques o lago azul,
 teto de douradas flores,
 embala o sonho de um barco
 em alvíssimos tremores.

 À sua margem passeio,
 e esperando-a, espreito;
 vê-la surgir de entre as flores
 e terna vir ao meu peito.

- Saltemos ao barco, então,
 e que as ondas nos alentem,
 e deixemos que seus remos
 sejam ramos indolentes.

 Naveguemos docemente
 Sob o clarão do luar;
 suspire o vento nos juncos,
 ponha-se a água a cantar... -

Mas ela não vem...Sozinho,
 debalde sofro de amores,
 à margem do lago azul,
 teto de douradas flores.




São muitos anos ... Mihai Eminescu

São muitos anos e outros vão passar
Desde a hora santa em que nos encontramos,
Mas lembro sempre o quanto nos amamos,
Gélidas mãos e grande ardor no olhar.

Ó, vem palavras doces me inspirar,
Teu rosto sobre mim deita e me mira:
Sob sua luz me deixa ainda sonhar,
Novas canções arranca à minha lira!

Tu nem o sabes - ao te aproximares,
Meu coração no fundo já se acalma
Qual o surgir da estrela sobre os mares;

Quando sorris, criança, és minha calma,
Se extingue, então, a vida de pesares,
O olhar me arde e me transborda a alma!


Tradução: Luciano Maia