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Declaração de Amor - Friedrich Nietzsche

Ó maravilha! Voará ainda?
Sobe e as suas asas não se mexem?
Quem é então que o leva e faz subir?
Que fim tem ele, caminho ou rédea, agora?

Como a estrela e a eternidade
Vive nas alturas de que se afasta a vida,
Compassivo, mesmo para com a inveja...
E quem o vê subir sobe também alto.

Ó albatroz! Ó minha ave!
Um desejo eterno me empurra para os cimos
Pensei em ti e chorei.
Chorei mais e mais... Sim, eu amo-te!

O eterno retorno - Nietzsche


Tudo vai, tudo volta;
eternamente gira a roda do ser.
Tudo morre, tudo refloresce,
eternamente transcorre o ano do ser.
Tudo se desfaz, tudo é refeito;
eternamente constrói-se a mesma casa do ser.
Tudo se separa, tudo volta a se encontrar;
eternamente fiel a si mesmo
permanece o anel do ser.
Em cada instante começa o ser;
em torno de todo o "aqui"
rola a bola "acolá".
O meio está em toda parte.
Curvo é o caminho da eternidade.



Temos a arte para não morrer da verdade - Nietzsche



Temos a arte para não morrer da verdade.
Temos a arte para não morrer ou enlouquecer perante a verdade.
Somente a arte pode transfigurar
a desordem do mundo em beleza
e fazer aceitável tudo aquilo que há
de problemático e terrível na vida.

No sul - Friedrich Nietzsche

Eis-me suspenso a um galho torto
E balançando aqui meu cansaço.
Sou convidado de um passarinho
E aqui repouso, onde está seu ninho.
Mas onde estou? Ai, longe, no espaço.

O mar, tão branco, dormindo absorto,
E ali, purpúrea, vai uma vela.
Penhascos, idílios, torres e cais,
Balir de ovelhas e figueirais.
Sul da inocência, me acolhe nela!

Só a passo e passo - é como estar morto,
O pé ante pé faz o alemão pesar.
Mandei o vento levar-me ao alto,
Aprendi com pássaros leveza e salto -
Ao sul voei, por sobre o mar.
[...]

Ecce Homo - Friedrich W. Nietzsche


Sim, sei de onde venho!
Insatisfeito com a labareda
Ardo para me consumir.
Aquilo em que toco torna-se luz,
Carvão aquilo que abandono:
Sou certamente labareda.


Singrando Novos Mares - Friedrich W. Nietzsche

Quero ir lá para baixo, e de ora em diante
confiança em mim e meus talentos de piloto,
O mar abre-se para mim
e meu barco genovês navega para o azul.

Tudo possui cintilar e esplendor novo para mim
O sul repousa no espaço e no tempo
Só o teu olhar, monstruoso
me observa, infinidade!