Sois: os sons roucos, a espera vã, uma perdida imagem.
O coração suspende o seu hálito e os lábios tremem
sinto-vos, vindes ao rés da terra, como ventos baixos,
poisais no peitoril. Sois muito antigos e jovens,
da infância em que por vós chorava encostada a um rosto.
Que saudade eu tenho, ó escuridão no poço,
ó rastejar de víboras nos caniços, ó vespa
que, como eu, degustaste o figo úbere.
Depois, mundo maior foi a presença e a ausência,
a alegria e as dores de outros que não eu.
E um dia, no alto da catedral de Gaudí,
chorei de horror da Queda, como os caídos anjos.
Conheci um outro poema, que foi musicado pela Cantora Adriana Calcanhoto "Poética do Eremita" Muito lindo também. Depois o encontrei aqui nos seus marcadores.Obras maravilhosas. Obrigada Nádia.
ResponderExcluirAdoro sua visita, seu carinho.
ResponderExcluirObrigada, Lourdinha.
Boa semana!
Bjs :)