docecomoachuva

Já contei muitas vidas de braços abertos inaugurando na alma as tuas primaveras revividas nas flores dos jardins desertos onde te ...

Se as pedras não sabem do instinto da flor que sabem as sombras do instinto de mim se pedras não guardam memória de amor nem guar...

  Há muito sofrimento neste mundo. O poeta escala o fundo da alvorada e dela vai a um despertar profundo de outra vida que é sua do...

Tantas paixões meu cavaleiro errante triste figura andante em mim venceu... De eterno amor por sua doce amante bem mais que etern...

Meus olhos são praias rasas de um profundo mar de amor que derrama suas mágoas no rumor vasto das águas na areia e morre ...

mudei o gosto mudei a idade mudei o rosto da identidade mudei de teto troquei de rua fui para perto do fim da lua ...

Sol nascente... As mãos do dia vão desdobrando a luz da alvorada...

espinhos de flores carinhos de dores espinhos de dores carinhos de flores malditos benditos carinhos bendito...

Além de sete colinas setenta léguas além ainda há risos na casa e lá não mora ninguém... Ouviam-se pés macios deslizando no as...

Vamos supor que deva ser agora enquanto é tempo e o tempo subsista... Vamos supor que esse seja o tempo que a hora passe e o dia não...

Correm lentos noite e rio nos atalhos entre o vento aquecendo a mão do frio nos retalhos do relento... A brisa vem-me acalmar ...

Arte do haikai: bordar com fios de chuva uma flor no arco-íris...

Foi do esperado que o ter perdido me fez ter sido desesperado. O ter perdido foi de viver do haver morrido... O ter vivi...

Minha mão volta a escrever entre as páginas das águas onde o amor me volte a ler a história de suas lágrimas. Que nunca me falte...