docecomoachuva
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Manoel de Barros
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A ciência pode classificar - Manoel de Barros
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A ciência pode classificar e nomear os órgãos de um sabiá mas não pode medir seus encantos. A ciência não pode calcular quantos ca...
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Apontamentos - Manoel de Barros
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Deixei uma ave me amanhecer. Toda vez que a manhã está sendo começada nos meus olhos, é assim... Essa luz empoçada em avencas. As aven...
No descomeço era o verbo - Manoel de Barros
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No descomeço era o verbo. Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu ...
Palavras - Manoel de Barros
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Palavra dentro da qual estou há milhões de anos é arvore. Pedra também. Eu tenho precedências para pedra. Pássaro também. Não...
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Manoel de Barros
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Manoel de Barros
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Morre o poeta Manoel de Barros. Ando muito completo de vazios. Meu órgão de morrer me predomina. Estou sem eternidades. N...
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O muro - Manoel de Barros
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O menino contou que o muro da casa dele era da altura de duas andorinhas. (Havia um pomar do outro lado do muro.) Mas o que intri...
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A nossa velha casa - Manoel de Barros
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Ao ver o abandono da velha casa: o mato a crescer das paredes Ao ver os desenhos de mofo espalhados nos rebocos carcomidos Ao ver o m...
Andarilho - Manoel de Barros
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Eu já disse quem sou Ele. Meu desnome é Andaleço. Andando devagar eu atraso o final do dia. Caminho por beiras de rios conchosos. ...
As bênçãos - Manoel de Barros
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Não tenho a anatomia de uma garça pra receber em mim os perfumes do azul. Mas eu recebo. É uma bênção. Às vezes se tenho uma t...
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Tempo - Manoel de Barros
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Eu não amava que botassem data na minha existência. A gente usava mais era encher o tempo. Nossa data maior era o quando. O quando ...
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Manoel de Barros
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Nasci para administrar o à-toa o em vão o inútil. Pertenço de faz...
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Eu queria ... - Manoel de Barros
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Eu queria fazer parte das árvores como os pássaros. Eu queria fazer parte do orvalho como as pedras. Eu só não queria significa...
Manoel de Barros
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Que a palavra parede não seja símbolo de obstáculos à liberdade nem de desejos reprimidos nem de proibições na infância, etc. (essas ...
Manoel de Barros
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... poesias, a poesia é - é como a boca dos ventos na harpa nuvem a comer na árvore vazia que desfolha a noite raiz entrando em orvalhos...
Garça - Manoel de Barros
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A palavra garça em meu perceber é bela. Não seja só pela elegância da ave. Há também a beleza letral. O corpo sônico da palavra E o...
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Uma didática da invenção - Manoel de Barros
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Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber: a) Que o esplendor da manhã não se abre com faca b) O modo como as violetas pre...
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Manoel por Manoel - Manoel de Barros
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"Eu tenho um ermo enorme dentro do olho. Por motivo do ermo não fui um menino peralta. Agora tenho saudade do que não fui. Acho que o q...
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Ando muito completo de vazios... Manoel de Barros
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Ando muito completo de vazios. Meu órgão de morrer me predomina. Estou sem eternidades. Não posso mais saber quando amanheço ontem. Está re...
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O casaco - Manoel de Barros
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Um homem estava anoitecido. Se sentia por dentro um trapo social. Igual se, por fora, usasse um casaco rasgado e sujo. Tentou sair da an...
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