docecomoachuva

Eu sou o olhar que penetra nas camadas do mundo, ando debaixo da pele e sacudo os sonhos. Não desprezo nada que tenha visto, todas a...

Soltas a sigla, o pássaro, o losango. Também sabes deixar em liberdade O roxo, qualquer azul e o vermelho. Todas as cores podem apro...

  Obscura vida O que te peço É que reveles teus desígnios Obscura vida Que sejas transparente E concisa Como por exemplo a ...

Eu canto o Anjo músico Que me acompanha sereno, Que tem asas de som. Esse amigo não me larga Desde as mais remotas eras N...

Nunca mais andarei de bicicleta Nem conversarei no portão Com meninas de cabelos cacheados Adeus valsa "Danúbio Azul" A...

Eu sou o pássaro diurno e noturno, O pássaro misto de carne e lenda, Encarregado de levar o alimento da poesia e da música Aos habi...

          A tarde move-se entre os galhos das minhas mãos. Uma estrela aparece no fim do meu sangue, Minha nuca recebeu o hálito fino...

Eu me encontrei no marco do horizonte Onde as nuvens falam, Onde os sonhos têm mãos e pés E o mar é seduzido pelas sereias. Eu me encon...

Sentado à soleira da porta Menino triste Que nunca leu Julio Verne Menino que não joga bilboquê Menino das brotoejas e da tosse ete...

Há sempre um amor procurando seu nome Na solidão do livro dos tempos. Há sempre uma veste nupcial Pendendo da guilhotina da noit...

Mamãe vestida de rendas Tocava piano no caos. Uma noite abriu as asas Cansada de tanto som, Equilibrou-se no azul, De tonta não mais olhou P...

Do sino vazio Voam esquadrilhas de pássaros. No oco da lâmpada Irrompe a floresta (Ninguém para me asfixiar). O quarto caminha Até o fundo d...

Não basta o sopro do vento Nas oliveiras desertas, O lamento de água oculta Nos pátios da Andaluzia. Trago-te o canto poroso, O lamento con...

Subsiste, Guernica, o exemplo macho, Subsiste para sempre a honra castiça, A jovem e antiga tradição do carvalho Que descerra o pálio de dia...

A menina de cabelos cacheados Brinca com o arco nas nuvens Escolho as sombras que bem quero No perfil das árvores Conto as estrelas pelos de...

Eu quero montar o vento em pêlo, Força do céu, cavalo poderoso Que viaja quando entende, noite e dia. Quero ouvir a flauta sem fim do Isidor...

Diante do crucifixo Eu paro pálido tremendo “ Já que és o verdadeiro filho de Deus Desprega a humanidade desta cruz".

Os pinheiros assobiam, a tempestade chega: Os cavalos bebem na mão da tempestade. Amarro o navio no canto do jardim E bato à porta do castel...