No movimento velozde nossa viagem,
embala-nos a ilusão
da fuga do tempo.
Poeira esparsa no vento,
apenas passamos nós.
O tempo é mar que se alarga
num infinito presente.
No movimento veloz
Acabou nosso carnaval
E no entanto é preciso cantar
Tanto riso, oh quanta alegria
A Esperança não murcha, ela não cansa,
Meu canto de amor, como bálsamo
Meu canto de amor, como os sinos da Páscoa,
Vi passar, num mistério concedido,
Eu quero montar o vento em pêlo,
Quero conhecer a mãe-d'água
Esta é a graça dos pássaros:
Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,
O homem mata a mata,
Quando à noite desfolho e trinco as rosas
Primeiro Ato é achar,
Há na memória um rio onde navegam
Há um nascer do sol no sítio exacto,
Antes que desça a noite,