Deixem passar quem vai na sua
estrada.
Deixem passar
Quem vai cheio de noite e de
luar.
Deixem passar e não lhe digam
nada
Deixem, que vai apenas
Beber água de sonho a
qualquer fonte;
Ou colher açucenas
A um jardim que ele lá sabe,
ali defronte.
Vem da terra de todos, onde
mora
E onde volta depois de
amanhecer.
Deixem-no pois passar, agora
Que vai cheio de noite e
solidão
Que vai ser uma estrela no
chão.
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