A curva dos
teus olhos dá a volta ao meu peito
É uma dança
de roda e de doçura.
Berço
nocturno e auréola do tempo,
Se já não
sei tudo o que vivi
É que os
teus olhos não me viram sempre.
Folhas do
dia e musgos do orvalho,
Hastes de
brisas, sorrisos de perfume,
Asas de luz
cobrindo o mundo inteiro,
Barcos de
céu e barcos do mar,
Caçadores
dos sons e nascentes das cores.
Perfume
esparso de um manancial de auroras
Abandonado
sobre a palha dos astros,
Como o dia
depende da inocência
O mundo
inteiro depende dos teus olhos
E todo o meu
sangue corre no teu olhar.