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Que cores!? - Eloí Elizabet Bocheco



Se ponho o vermelho,
o amarelo em terceiro,
no meio o azul,
será preciso mais luz?

Se ponho o lilás,
o verde atrás,
na ponta o alaranjado,
será preciso mais cor
nos lados?

Se ponho dentro o marfim,
no mastro o cor de vinho,
no lado de lá o rosa chá,
será preciso o branco
pra clarear?

Boto meu barco
pra navegar.

Um pote de ouro
pra saber o que
os peixes estão
achando das cores
que escolhi.

Beija-flor - Eloí Elizabet Bocheco



Beija - flor foi a serra
E assuntou
Foi à flor do manaca,
E se embriagou.

Foi a campina
Beijou
Foi a mata
Se enamorou.

Foi ao deserto
Passou,
Foi a lua entrou.

Foi ao sol
O sol se apagou
Foi ao rio,
O rio se apagou.

Veio me ver
E contou
Entrou no meu sonho,
E ficou.

Jardineiro - Eloí Elizabet Bocheco

Jardineiro,
pode chegar
pegue as sementes
E comece a semear…

Bem na frente,
ponha o alecrim
Para espantar o mau-olhado
do jardim.

Na janela,
quero a flor-de-lis
Que seja branca,
ou então cor-de-anis.

No lado esquerdo,
quero a amoreira
Vêm andorinhas
e pardais
a tarde inteira.

Perto da porta,
ponha o guiné
para dar muita
sorte a quem vier.

Segredos - Eloí Elizabet Bocheco

Rosalina tem
segredos de
várias cores.

O segredo verde
ela conta só no
ouvido do beija-flor.

O segredo lilás
ela prende no cabelo
e vai passear com a
Gata Lina numa caverna
quase de verdade.

O segredo transparente
ela põe pra tingir no
sol de setembro.

O segredo azul
ela conta só pra mim,
que não conto
pra ninguém.

Quem sabe,
no ano que vem..

Primaveras de recreio - Eloí Elizabet Bocheco



Plantarei árvores
do planalto até
o morro mais alto.
Aplicarei um
plano de plantio
que contemple
também as margens
dos rios.

Pensarei na festa
dos passarinhos
e plantarei muitos
pés de amoreira,
da branca, que eles
gostam mais.

Colherei os frutos
antes do sol nascer
e usarei a cesta de vime
que foi do pai, do pai
do pai do meu pai.

Posso entrar? - Eloí Elizabet Bocheco



Posso entrar no seu
reino, meu rei?

- Só se ocupar todas
as pausas, reinando
sobre as palavras.

- Posso entrar no seu
reino, meu rei?

- Só se trouxer o livro
de adivinhar canto de
passarinho.

- Posso entrar no seu
reino, meu rei?

- Só se vier pulando
amarelinha e inventando
o caminho.

Pé aqui...
Pé acolá...
Pode entrar!