E o livro abre a vida da gente.
E quanto mais livro, mais livre, a modo e tempo
que essa livraria toda nos livra da desumanidade.
[...] A gente quer é saber mais, inventar outros modos de
olhar,
remexer num assunto complicado,
gritar uma pergunta que bem podia ficar
quietinha
pra sempre num canto da memória de toda a humanidade;
[...]Cada livro é uma pergunta terrível, misteriosa,
angustiante.
Ou uma pergunta engraçada, festosa, sacudida-sai-cedo.
Uma coisa de fantasia de verdade mentirosa verdadeira.
Um livro é um mundo onde a condição humana tem vez e voz,
registro de encantamento e atestado de importância.
Quem lê pode respirar poesia.
Pode viver de prosa.
Quem lê tem uma chave,
uma maneira mais radiante de abrir o coração,
uma passagem, uma possibilidade,
um lugar de ave que se aventura,
que deseja se livrar de
morrer de desânimo[...]"