![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1ULnnAcDlAXF2L7-2MK4RzrTC2uaMmT_OurahW8uNvn42XPTh8tbf1Mxbt_zKbSRTrVVc8Zbk2aoZcXYVDzhsQ2zMSDG5-IIiJHZBm0y0Ql3_ORwYxtzP91BxQUpC35gYAoRM1XI52htb/s400/forest21.jpg)
Para Henry David Thoreau
Folhas negras caem, rufam em profusão. O vento encrespa a
Água, Tempo, enruga
faces. Um vale revela
canyons, grutas:
em silêncio, exploramos o interior
Destas montanhas. Uma uma chuva fina, estranha,
começa a cair
e súbito dissipa —
o ruído áspero
de uma vespa.
Este é o céu, claro, como metal. E aquilo,
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYtSvgJU52FCmqwzl2K8O7rJuDv0McJ8DA-E9xCTwpPvl5Jja0Ixd7TZ5XwwZ5qYPyE-cMykigaqlYAcYFyHCQmYLWaVZL_q-ai7XXri4drpOvIVrqWKbmjSwfVXSoKOZ_3htKa0FwSjKc/s400/Forest02.jpg)
A fumaça abandonada por um trem, talvez. Flores
Se dissolvem nos olhos, e nos debruçamos sobre velhas lendas
Conferindo as pegadas de um animal desconhecido.
A trilha termina num riacho.
A água se surpreende com este vento todo
que vem do oeste
e que agita a sinfonia das árvores.
Neblina nítida, colinas, um vapor neste espelho.
Num ponto qualquer da paisagem captamos
seus olhos verdes, mudos, fixos na relva úmida.
Um animal e você contemplam do mirante
este milagre
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJMPs0VI3xmRNXBUfKcaS3NEmT2P1S3CBWJlqIHzqp-Iaa6Ua-EyIAiPVUkUcgKlzBWo_j28q-bMnNKMtICDioHmxzcn3UVtCWyUJwuIK39EL8QyYkXTisY7O5QpCfYTx1wb_kN06Qy4oA/s400/forest_.jpg)
(a baía vazia
— a areia do dia exibindo sua rasante —
rochedos & distâncias, como antes,
animada pelas danças do vento
fazendo desta ausência
presenças manifestas em tudo:
chuva
que desaba
entre os olhos
abertos
da serpente.
Um flash
de luz
entre os
bambus)
:
o silêncio do sonho
traduzindo
uma imagem-movimento
que se desfaz entre a verdade dos instantes.