Meus olhos perscrutaram a extensão desconhecida
Da senda acidentada e inquietadora:
Era tão estranha, tão sinuosa
A estrada da vida!
Meus pés sentiram um medo misterioso
De palmilhar o mais antigo dos caminhos:
Medo do pó, medo das pedras, medo dos espinhos,
Receio daquelas sombras estranhas
Que subiam dos abismos e desciam das montanhas.
Covarde, circundei minh’alma de penumbra.
Encontrei mãos que se estenderam, tão amigas,
Oferecendo amparo certo na jornada.
Eu, porém, não confiei no auxilio de outra mão.
E fiquei isolada, fiquei esquecida
À margem do agitado caminho da vida.