Múrmura brisa
me traz o som
da flauta clara
lá na montanha enluarada.
Onde haverá
flauta tocada
no coração
que me retorne
ao lar?
De brisa o som
enche-me as salas
tal como o luar
cobre as montanhas
e os vales.
Noite como esta
as hordas bárbaras
no Norte entraram.
E a melodia
me acompanhava
na longa via
em que fugia
até o Sul.
Quando o salgueiro
os ramos pende
na noite fria
nus.
No triste inverno,
como esperar
pelo milagre
de lhe nascerem
folhas?