Em meu peito corre um rio
Rio que corre em direção ao
mar
Mar que deságua em meus
sonhos
Sonhos que miram o brilho da
luz
Luz que clareia o escuro
caminho
Caminho que adverte o destino
Destino que levo comigo
Comigo levo as flores que
você plantou
Flores que colhi na primavera
Primavera que trago nas mãos
Mãos que afagam a terra
Terra que sustenta meu corpo
Corpo que dança no espaço
Espaço que limito no coração
Coração que brinca no infinito
Infinito que são seus braços
Braços que são correntes de
carne
Carne que acorrenta o
espírito
Espírito que é fuga da prisão
Prisão que são as margens do
rio
Rio que corre em meu peito
Peito que se liberta da
realidade
Que comprime a ilusão.