Eu, o vento... Mário Nhardes


Eu, o vento...
Que sou calmo e violento, sou vendaval e brisa
que a mercê da vida, às vezes sou conforto,
às vezes incômodo. Às vezes paz, às vezes caos.
Eu, o vento, que sou incolor e frio,
sou calor e sangue, que a mercê da vida,
às vezes sou dor, às vezes rotina.
As vezes sou morte, às vezes vida.
Eu, o vento, que sou órfão e só,
sou carinho e carente, que a mercê da vida,
às vezes sou colheita, às vezes plantio.
Às vezes sou notado, às vezes esquecido.
Eu, o vento, que sou força e anemia,
sou opressor e vítima,
que a mercê da vida, às vezes sou vento, simplesmente.

2 comentários:

  1. Mário Nhardes lança Agapantos, confira em
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