Na noite que me desconhece - Fernando Pessoa


Na noite que me desconhece
O luar vago, transparece
Da lua ainda por haver.
Sonho. Não sei o que me esquece,
Nem sei o que prefiro ser.
Hora intermédia entre o que passa,
Que névoa incógnita esvoaça
Entre o que sinto e o que sou?
A brisa alheiamento abraça.
Durmo. Não sei quem é que estou.

Dói-me tudo por não ser nada.
Da grande noite. embainhada
Ninguém tira a conclusão.
Coração, queres?
Tudo enfada. Antes só sintas, coração.

Um comentário:

  1. Olá Nádia, adorei ter lembrado, obg pelo post comentário ao texto que fiz de Amigos e amigos, tenho passado por provações... e a razão me faz pensar mais humanamente, portanto fiz este texto, baseado em algo que venho observando, obg, por ter lido, um grande abraço e aí vai meu email, zdpinheiro@digizap.com.br, aguardo notícias.

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