Ó, partir para o mar, navegar num navio!
Deixar este chão, terra firme, tediosa,
Deixar a enfadonha mesmice das ruas,
Das calçadas e casas,
Deixar-te, ó sólida terra, ó terra imóvel,
E embarcar num navio.
Navegar, navegar, navegar!
Ó, ser-me a vida agora um poema de júbilos novos!
E dançar, bater palmas, saltar, exultar,
E pular, e rolar, flutuar!
Ser marujo do mundo inteiro,
A caminho de todos os portos,
Ser o próprio navio -
(vede as velas que eu iço
Ao sol e ao ar) -
Ser um ágil navio, enfunado, ligeiro,
Cheio de ricas palavras, de júbilos cheio!
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