Flauta da noite que se cerra,
Presença líquida de um pranto,
Todos os silêncios da terra
São as pérolas do teu canto.
Espalha teu pólen na alfombra
Do catre que por fim te açoite
Mel de uma boca de sombra
Como um beijo na boca da noite
E pois que as escalas que cansas
Nos dizem que o dia acabou,
Faz-nos crer que os céus dançam
Porque um cego cantou.
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