Com seus olhos estáticos
na cumeeira a casa olha o homem.
A intervalos
lhe estremecem os ouvidos,
de paredes sensíveis, discernentes:
agora é amor, agora é injúria,
punhos contra a parede,
pânico.
Comove Deus
a casa que o homem faz para morar,
Deus
que também tem os olhos
na cumeeira do mundo.
Pede piedade a casa por seu dono
e suas fantasias de felicidade.
Sofre a que parece impassível.
É viva a casa e fala.
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