Vamos supor que deva ser agora
enquanto é tempo e o tempo subsista...
Vamos supor que esse seja o tempo
que a hora passe e o dia não resista!
Vamos supor que as luzes da cidade
apaguem na avenida da memória...
Não sei o que será desse amanhã,
vamos supor que deva ser agora...
Suponhamos que o rio altere o curso
de seu destino inevitável de correr,
e a flor não venha mais a sublimar-se
no seu inexorável destino de nascer...
Vamos supor que a espera seja tanta
que o tempo não se lembre de passar.
Que a noite durma tanto nas calçadas
que a alvorada não consiga despertar...
É necessário então que seja agora
como o dia que chega embora tarde,
suponhamos ao menos que este seja
o instante inicial da eternidade!
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