Aqui estou, junto à tempestade,
chorando como uma criança
que viu que não era verdade
o seu sonho e a sua esperança.
A chuva bate-me no rosto
e em meus cabelos sopra o vento.
Vão-se desfazendo em desgosto
as formas do meu pensamento.
Chorarei toda a noite, enquanto
perpassa o tumulto nos ares,
para não me veres em pranto,
nem saberes, nem perguntares:
“Que foi feito do teu sorriso,
que era tão claro e tão perfeito ?”
E o meu pobre olhar indeciso
não te repetir: “Que foi feito...?”
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