A cisterna de luz escorrida na terra
sob a nuvem purpúrea e o vôo do gavião,
e me alcançou em cheio, no meio de mim,
como o aroma da flor que se ergue no jardim
para impor a quem passa o domínio do instante.
O sol desmoronado escondeu os seus raios
na doçura da palha espalhada no estábulo.
A serpente agoniza, mudada em coral.
A relva abre caminho ao silêncio dos homens
que escalam as montanhas douradas do outono.
Entre os que vão e vêm eu também venho e vou.
Nos tormentos do mundo fui multiplicado
e de tanto existir já não sei mais quem sou.
Um poema intenso e com o qual, muitos de nós nos identificamos, em alguns momentos da vida.
ResponderExcluirbeijinho Nadia, boa semana
cecilia
Obrigada, querida!
ResponderExcluirBoa semana pra você também.
Beijos :)