À esperança - Julio Cortázar

Estica tuas perninhas enluvadas, esperança hirta.
Acendo um fósforo: esquenta-te. É suficiente para ti.
Depois contemplaremos nossos rostos
e pensaremos: como
mudou.

Acreditávamos
um no outro. Vê, não se deve.
Estica tuas maõzinhas frias, esperança.

Fazer o quê, o fósforo se apaga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário