Um homem na solidão
– que perene solilóquio! –
fala profundo a si próprio.
Fala a Deus em termos claros
a fluírem das mesmas águas
pela eternidade em curso.
Fala com tremor na voz
para que relvas e musgos
a palavra testemunhem.
Fala com os ventos diversos
para que a mensagem levem
aos ouvidos do horizonte.
Fala com o penhor das rochas
para que as estrelas o ouçam
desde a pedra em que se assenta:
“Da pedra da solidão
hei de levantar um templo.”
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