Rolinhas queixaram-se à minha porta.
Joguei-lhes riso
elas se foram.
Migalhas de pão e sementinhas
semeei nos parapeitos:
ciscando elas choravam
com uma dor tão perto do infinito.
Dei-lhes água
não quiseram –
(o lamento crescia em telhados
canteiros)
e me afligiam.
Chorei e quis afugentá-las. Ficaram.
A árvore cresceu e ramos muitos ramos
e lá vivemos
em silêncio e canto.
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