Foi numa tarde fria de geada
que ele chegou, o monge da caverna.
Sentou-se em seu lugar, o lugar certo,
e em torno dele outros pés chegaram.
O silêncio do claustro iluminou-se,
os mantos se movendo suavemente:
em cânticos de pássaros bailando
incendeu-se o velame para a noite.
E de repente os mantos foram velas
acesas no seu rumo. Ninguém vira
a monja reclinada na penumbra.
Estava desde o início: ela era o início,
a monja em seu manto de neblina
na transparência das vencidas noites.
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