Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio.
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu seio o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.
Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade,
Canto uma sodade que mora em meu peito.
Olá, minha amiga
ResponderExcluirEspero que desta vez meu comentário apareça (rsrsrs).
Parabéns por voltar tão "impregnada" das raízes, que afinal, é o que nos sustenta.
Bjs
Pois é, o outro eu não encontrei. Deve estar voando por aí...kkkkkk
ResponderExcluirAmo a minha terra e alguns dias lá me fizeram um bem danado!
Bjs