Eu já disse quem sou Ele.
Meu desnome é Andaleço.
Andando devagar eu atraso o final do dia.
Caminho por beiras de rios conchosos.
Para crianças de estrada eu sou um Homem do Saco.
Carrego latas furadas, pregos, papéis usados.
(Ouço arpejos de mim nas latas tortas.)
Não tenho pretensão de conquistar a inglória perfeita.
Os loucos me interpretam.
A minha direção é a pessoa do vento.
Meus rumores não têm termômetro.
De tarde arborizo pássaros.
De noite os sapos me pulam.
Não tenho carne de água.
Eu pertenço de andar atoamente.
Não tive estudamento de tomos.
Só conheço as ciências que analfabetam.
Todas as coisas têm de ser?
Sou um sujeito remoto.
Aromas de jacinto me infinitam.
E estes ermos me somam.
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