Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma
dando a Arlequim meu corpo e a Pierrot a minh’alma!
Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho,
pois um dá-me o prazer, o outro dá-me o sonho!
Nessa duplicidade o amor todo se encerra:
um me fala do céu... outro fala da terra!
Eu amo, porque amar é variar, e em verdade
toda a razão do amor está na variedade...
Penso que morreria o desejo da gente,
se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente,
porque a história do amor pode escrever-se assim:
Um sonho de Pierrot... E um beijo de Arlequim!
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