I
Amo o vento da noite sussurrante
A tremer nos pinheiros
E a cantiga do pobre caminhante
No rancho dos tropeiros;
E os monótonos sons de uma viola
No tardio verão,
E a estrada que além se desenrola
No véu da escuridão;
A restinga d’areia onde rebenta
O oceano a bramir,
Onde a lua na praia macilenta
Vem pálida luzir;
E a névoa e flores e o doce ar cheiroso
Do amanhecer na serra,
E o céu azul e o manto nebuloso
Do céu de minha terra;
E o longo vale de florinhas cheio
E a névoa que desceu,
Como véu de donzela em branco seio,
As estrelas do céu.
Amo tudo isto porque tudo isto é simplicidade.
ResponderExcluirBeijinho
OA.S
Agora lembrei dois comentários que deixaram no meu blog em que diziam que o meu texto lhes fizera lembrar Álvares de Azevedo. Na altura nem sabia muito bem quem ele era. Fui ver e descobri uma coisa: escrevia muito melhor que eu. As pessoas são simpáticas. Abraço.
ResponderExcluirAh, mas você escreve muito bem, Côvo. Seus textos são ótimos!
ResponderExcluirAbraço :)