A rosa do povo - Carlos Drummond de Andrade

A rosa do povo despetala-se,
ou ainda conserva o pudor da alva?
E um anúncio, um chamado,
uma esperança embora frágil,
pranto infantil no berço?
Talvez apenas um ai de seresta, quem sabe.
Mas há um ouvido mais fino que escuta,
um peito de artista que incha,
e uma rosa se abre,
um segredo comunica-se,
o poeta anunciou,
o poeta, nas trevas, anunciou.


Um comentário:

  1. A poesia encontra da treva a flor. Que lindo.

    Nádia quero te deixar um grande abraço pelo dia do Amigo Virtual.


    bjs.

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