Muda e sem trégua
Galopa a névoa, galopa a névoa.
Minha janela desmantelada
Dá para o vale do desalento.
Sombrio vale! Não vejo nada
Senão a névoa que toca o vento.
Lá vão os dias de minha infância
- Imagens rotas que se desmancham:
O vento do largo na praia,
o meu vestidinho de saia,
Aquele corvo, o vôo torvo,
O meu destino, aquele corvo!
O que eu cuidava do mundo mau!
Os ladrões com cara de pau!
As histórias que se faziam sonhar;
E os livros: Simplício olha para o ar,
João Felpudo, Viagem à roda do mundo
Numa casquinha de noz.
A nossa infância, ó minha irmã, tão longe de nós!
Nádia, que lindo este texto. Fez-me recordar os bons momentos de infância, tão bom...
ResponderExcluirbeijinhos amiga, bom fim de semana.
oa.s
Obrigada!
ResponderExcluirPra você também, um feliz final de semana!
Beijos :)