Este cansaço de passar como que atado
a coisas que ainda não foram feitas,
parece o caminho incriado do cisne.
E o morrer, esse desapegar-se
do fundo em que diariamente estamos,
seu tímido abandonar-se às águas
que mansamente o acolhem e por serem
felizes e já passadas, onda a onda,
sob seu corpo se retraem;
então, firme e tranquilo,
com realeza e crescente segurança,
abandona-se o cisne ao deslizar.
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