Olhar do Tempo - Ives Gandra
Olhar do tempo. Como eu sinto a messe,
Safra da terra, sem semente fora!
Ceifem a messe, que a safra apodrece,
Tempo de sempre, que se faz de agora.
Olhar do tempo. Como eu sinto o rio,
Estrada líquida, sem outra estrada!
Bebam a estrada, que desponta o estio,
Tempo de todos, que se faz de cada.
Olhar do tempo. Como eu sinto o espaço,
Tapete imenso, sem limites ao norte!
Durmam o norte, norteando o passo,
Tempo de vida que se faz de morte.
Olhar do tempo, como eu sinto a cruz!
Tempo de sombra, que se faz de luz.
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Ives Gandra da Silva Martins
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O tempo, ainda que não servisse para nada, serviria sempre de matéria prima para os poemas nossos de cada dia.
ResponderExcluirBendito o tempo e os poemas de todo dia!
ResponderExcluirObrigada pela visita e seus comentários.
Abraço e ótima noite! :)