Palavras em forma de redemoinho - Octavio Paz
Abro a janela
que dá
pra nenhuma parte
A janela
que se abre para dentro
O vento
levanta
instantâneas levíssimas
torres de poeira giratória
São
mais altas que esta casa
Cabem
nesta folha
Caem e se levantam
Antes que digam
algo
ao dobrar a folha
se dispersam
Torvelinhos de ecos
aspirados inspirados
por seu próprio girar
Agora
abrem-se noutro espaço
Dizem
não o que dizemos
outra coisa sempre outra
a mesma coisa sempre
Palavras do poema
não as dizemos nunca
O poema nos diz.
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Octavio Paz
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OI TIA NADIA ,
ResponderExcluirTUDO BEM COM VC ??
NOSSA ADOREI SEU BLOG!!!
MUITO LEGAL ADOREI AS POESIAS , ACHEI UM MAXIMOOO..
SOU EU A JULIA DO 6 ANO B BJSSSSS
Adorei sua visita, Julia!
ResponderExcluirAs poesias estão aqui pra você.
Até amanhã na escola.
Beijos :)