As rodas rangem na curva dos trilhos
Inexoravelmente.
Mas eu salvei do meu naufrágio
Os elementos mais cotidianos.
O meu quarto resume o passado em todas as casas que habitei.
Dentro da noite
No cerne duro da cidade
Me sinto protegido.
Do jardim do convento
Vem o pio da coruja.
Doce como um arrulho de pomba.
Sei que amanhã quando acordar
Ouvirei o martelo do ferreiro
Bater corajoso o seu cântico de certezas.
Esse passado que fala sempre em nosso sentir.
ResponderExcluirLindo poema.
Que bonita foto, gostei de a conhecer :-)
um grande abraço
oa.s
Obrigada, querida! Agradeço pela presença sempre carinhosa.
ResponderExcluirCarinhoso abraço :)