Cantiguinha - Cecília Meireles
Meus olhos eram mesmo água,
— te juro —
mexendo um brilho vidrado,
verde-claro, verde-escuro.
Fiz barquinhos de brinquedo,
— te juro —
fui botando todos eles
naquele rio tão puro.
Veio vindo a ventania,
— te juro —
as águas mudam seu brilho,
quando o tempo anda inseguro.
Quando as águas escurecem,
— te juro —
todos os barcos se perdem,
entre o passado e o futuro.
São dois rios os meus olhos,
— te juro —
noite e dia correm, correm,
mas não acho o que procuro.
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Cecília Meireles
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Oi Nádia!!!! Lindo, maravilhoso poema da Cecília! Vou copia-lo se não se importar?!
ResponderExcluirPostei a terceira parte do meu Conto: A Queda, passa lá no meu cantinho e deixe sua opinião! Quero muito sua visita!
Muitos beijinhos, ótimo final de semana pra ti...
bye, anita do diarios-do-anjo.blogspot.com