Minha primeira lágrima
caiu dentro de teus olhos
Tive medo de a enxugar:
para não saberes que havia caído.
No dia seguinte, estavas imóvel,
na tua forma definitiva,
Modelada pela noite,
pelas estrelas,
pelas minhas mãos.
Exalava-se de ti o mesmo frio do orvalho;
a mesma claridade da lua.
Vi aquele dia levantar-se inutilmente
para as tuas pálpebras,
E a voz dos pássaros
e a das águas correr,
- sem que a recolhessem teus ouvidos inertes.
Onde ficou teu outro corpo?
Na parede?
Nos móveis?
No teto?
Inclinei-me sobre o teu rosto,
absoluta, como um espelho,
E tristemente te procurava.
Mas também isso foi inútil,
como tudo mais.
Nádia,
ResponderExcluirencantada com o seu espaço! Parabéns! Estou seguindo vc e voltarei mais vezes!
Eliziane
www.genuinoblogdaeli.blogspot.com
Obrigada, Eliziane! Fico muito feliz e seja bem-vinda!
ResponderExcluirLogo farei uma visita pra vc.
Bjs :)