Passando incógnito - Robert Frost
É em vão que se ergue a voz, que se suspira
Sob o rumor das folhas, que respira:
Que fazes, entre a sombra secular
Das ramas, ocupado com luz e ar?
Do que a modesta orquídea menos sabes,
Feliz do brilho pouco que lhe cabe,
Que das folhas que a adornam não é dona,
Cuja flor para o solo se flexiona.
Por uma dobra a base lhe arrebatas –
E pareces pequeno ao pé das matas.
Desprende-se uma folha e cai, singela,
Sem trazer o teu nome escrito nela.
Cumpres tua hora e segues adiante.
E as matas ficam, seja como for,
Sem darem pela falta dessa flor
Que tomaste como um troféu do instante.
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Lindo Poema com o seu grande final"Que tomaste como um troféu do instante". Um abraço Nádia.
ResponderExcluirObrigada, Fernando.
ResponderExcluirFernando Pessoa é o "Poeta"!
Obrigada, Lourdinha!
ResponderExcluirAbraço:)