À hora em que os cisnes cantam... - Cecília Meireles
Nem palavras de adeus, nem gestos de abandono.
Nenhuma explicação. Silêncio. Morte. Ausência.
O ópio do luar banhando os meus olhos de sono...
Benevolência. Inconsequência. Inexistência.
Paz dos que não têm fé, nem carinho, nem dono...
Todo o perdão divino e a divina clemência!
Oiro que cai dos céus pelos frios do outono...
Esmola que faz bem... — nem gestos, nem violência...
Nem palavras. Nem choro. A mudez. Pensativas
abstrações. Vão temor de saber. Lento, lento
volver de olhos, em torno, augurais e espectrais...
Todas as negações. Todas as negativas.
Ódio? Amor? Ele? Tu? Sim? Não? Riso? Lamento?
— Nenhum mais. Ninguém mais. Nada mais. Nunca mais...
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Cecília Meireles
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QUE POEMA MARAVILHOSO!!!
ResponderExcluirQuestões e mais questões, negações da/à vida.
ResponderExcluirGosto muito de ler Cecília Meireles.
Beijinho amiga
oa.s
Obrigada, queridas, pela visita, leitura e comentário. Sejam sempre bem-vindas!
ResponderExcluirBeijos :)