Minhas asas humanas de poeta!
Derreteu-as o sol da lucidez.
Cego, abria-as ao vento
Da inspiração
E voava.
Mas pouco a pouco,
Como quem desperta,
Dei conta da cegueira.
E fui perdendo altura.
Agora canto apenas
Ao rés-do-chão da vida,
A olhar o descampado
Do céu azul
Aberto à graça doutras emoções.
E o canto é triste assim desiludido.
Falta-lhe a perspectiva e o sentido
Que tinha quando eu tinha as ilusões.
Que as asas do poeta sem elevem, sempre!
ResponderExcluirbeijos Nadia
oa.s
Tudo tem um ciclo, mas até no rés-do-chão há canto...
ResponderExcluirBeijo :)
Maravilhosamente "desenhado" o que se passa na vida.
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