Casas desertas ao sol de verão
Portas abertas
Brilho vidrado nas lajes do chão
Luz sempre inquieta
Falso silêncio, dúbio e sem cor
Veias pulsando
Calmo terreno, só, sem amor
Tempo infinito
Ar tão parado, vida esquecida
num pensamento
Não há mais nuvens nem esperança
nem um lamento
Aves que voam, lentas, pesadas
- sublimação
Vários insetos dentro da casa
- vivo cadáver
Olhos quebrados, luz defluindo
- último sangue
Vivas as veias vão navegando
- mas sem destino.
Sol de verão nas casas desertas
- perdidas
E eternamente vai se apagar
a luz inquieta
Sempre à procura, nunca esperando
felicidade
até que um dia o falso silêncio
seja verdade.
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