Giram os girassóis no muro antigo
E há um rubor de pitangas no quintal,
Um realejo toca um toque amigo
E a tarde agora é sino de cristal.
Sino chamando tranças e cirandas,
Risadas e pregões fora de moda,
E nuvens navegando a velas pandas,
E brisa a desfolhar canções de roda.
Ah tempos habitantes de saudade,
Horas que avós fiaram suavemente,
Vida que esconde-esconde uma cidade,
Surgindo da neblina de repente!
Caminham pela tarde os assombrados,
Esses velhos meninos naufragados!
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